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Reforma Tributária no Brasil: o que muda e como sua empresa pode se adaptar

A reforma tributária no Brasil é um dos temas mais relevantes da agenda econômica dos últimos anos, com foco em simplificar a cobrança de impostos, reduzir distorções e tornar o sistema tributário mais eficiente.

Apesar de o processo legal e as datas de vigência estarem em fases de transição, as mudanças já começam a ser planejadas e implementadas, exigindo atenção de empresários, contadores e gestores para garantir conformidade, redução de riscos e maior eficiência na gestão de tributos.

O que é a reforma tributária

A reforma tributária brasileira tem como objetivo principal simplificar o atual sistema de impostos, que é considerado complexo e fragmentado, além de eliminar a chamada “cumulatividade”, situação em que o mesmo tributo é cobrado em várias etapas da cadeia produtiva, aumentando o custo sobre os produtos e serviços.

Entre as mudanças mais aguardadas está a unificação de cinco tributos atuais (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) em dois novos impostos principais: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

A CBS será um tributo de nível federal, reunindo PIS, Cofins e parte do IPI, enquanto o IBS será um imposto único de competência estadual e municipal, reunindo o ICMS e o ISS. Ambos serão aplicados de forma semelhante a um imposto sobre o valor agregado (IVA), modelo já utilizado em muitos países para reduzir distorções e simplificar a tributação.

Principais mudanças para empresas

1. Unificação de tributos sobre consumo

Uma das transformações mais expressivas da reforma é exatamente a unificação dos tributos sobre consumo, eliminando cinco antigos impostos para dar lugar a dois novos. Isso deve reduzir a burocracia e facilitar o cálculo dos tributos devidos em operações de venda de produtos e serviços.

Essa mudança traz importantes reflexos para empresas que atuam no varejo e no comércio em geral, já que impacta o cálculo de impostos sobre as mercadorias e serviços comercializados.

2. Transparência e fim da cumulatividade

Com o modelo semelhante a um IVA, empresas poderão compensar créditos tributários ao longo da cadeia produtiva. Isso significa que o imposto pago em etapas anteriores pode ser descontado na etapa seguinte, evitando que o mesmo tributo seja cobrado repetidas vezes sobre o mesmo valor.

Esse mecanismo tende a melhorar a competitividade do setor produtivo, reduzindo custos e tornando mais transparente o custo tributário embutido no preço final.

3. Regime de transição

Mesmo com a aprovação da reforma, as mudanças não serão implementadas de forma imediata. Atualmente, existe um regime de transição em andamento, com testes e aplicação gradual das novas alíquotas.

A expectativa é que, a partir de 2026, comecem a valer algumas das alíquotas de teste, e que essa transição seja progressiva até que, por volta de 2033, o sistema esteja plenamente implementado em todos os seus aspectos.

É importante destacar que, a partir de 2026, entram no processo de adaptação as empresas do regime normal, ou seja, aquelas enquadradas em Lucro Presumido e Lucro Real. Já os demais regimes seguirão o calendário oficial definido pelo governo, de forma gradual ao longo dos próximos anos.

Impactos na operação das empresas

Custos e planejamento tributário

Mudanças na estrutura tributária exigem das empresas uma revisão nos seus modelos de cálculo de impostos, estudo de impacto nos preços e planejamento fiscal mais detalhado. A reformulação das alíquotas e bases de cálculo pode alterar o custo final dos produtos e serviços, o que precisa ser considerado no planejamento de precificação.

Adequação de sistemas contábeis e fiscais

As empresas também terão de adaptar seus sistemas contábeis e fiscais, garantindo que o novo modelo de tributação seja corretamente implementado em seus softwares de gestão, ERP e demais plataformas de controle financeiro. Falhas nesse processo podem resultar em erros fiscais, aplicação de alíquotas incorretas ou transtornos em declarações e obrigações acessórias.

O que muda para os empreendedores

Para quem empreende ou gere um negócio, a reforma tributária traz tanto desafios quanto oportunidades. Entre eles:

• Simplificação no cálculo de tributos, o que pode facilitar a rotina contábil e aliviar a carga de obrigações acessórias;
• Mais previsibilidade no ritmo de pagamentos e créditos tributários, especialmente para quem lida com cadeias complexas de produção e venda;
• Possível redução de custos operacionais no longo prazo, caso a transição seja bem planejada com apoio de sistemas integrados;
• Necessidade de adaptação de processos internos, para garantir conformidade com novas regras e aproveitar eventuais benefícios tributários.

O novo modelo e a transformação digital da gestão fiscal

Com a reforma introduzindo um sistema mais moderno e transparente, empresas poderão precisar de ferramentas tecnológicas capazes de:

• automatizar cálculo tributário conforme as regras vigentes;
• consolidar tributos em relatórios fáceis de interpretar;
• centralizar obrigações acessórias em um único sistema;
• antecipar possíveis impactos de ajustes nas alíquotas.

Essa transição exige um olhar estratégico, não apenas para cumprir a legislação, mas também para extrair insights que ajudem a melhorar a tomada de decisões e otimizar a gestão financeira.

SoftUp já está preparada

Com a aproximação das mudanças previstas na reforma tributária, é fundamental que as empresas contem com um sistema de gestão que já esteja preparado para as novas regras. A SoftUp acompanha todas as atualizações legais, oferece suporte na adaptação de sistemas e está pronta para ajudar sua empresa a seguir em conformidade com as novas exigências tributárias, garantindo operações mais organizadas e confiáveis mesmo em um cenário de mudança constante.

A SoftUp está pronta para acompanhar essa evolução com você. Quer conhecer melhor nossas soluções? Fale com nosso time e veja como podemos transformar sua operação com inteligência e praticidade.

No mais, continue de olho no Blog da SoftUp, em breve teremos novidades por aqui.

Um grande abraço e até o próximo post!